quarta-feira, 28 de março de 2007

Mais trabalho


Sair do bules tarde para ir trabalhar mais ainda? O dinheiro ajuda, mas não é tudo.

A esta hora tou eu a sair do trabalho, onde entrei eram oito e meia da matina, e vou fazer um biscatezito. Ehpá, é chato, mas o guito é bem vindo. Penso no pessoal que tem que aguentar dois bules day in day out, com agravantes de fins de semana pró galheto. Eu não conseguia viver assim. Trabalhar para viver, não viver para trabalhar. O que me faz ainda mais confusão é aqueles que não necessitam realmente, mas que o fazem só para ter mais guito.

E depois ficam com a conta no banco recheada, mas sem tempo para o gastar. Vai de encontro àquilo que já escrevi há uns posts atrás, quando um gajo é puto, tem tempo mas não tem guito, quando um gajo vai crescendo, vai progressivamente (se tudo correr minimamente bem) ficando com mais guito, mas menos tempo para o gastar.

Há que encontrar um equilíbrio. Eu sem os meus tempos livres, para tar com a gaja, para dar uma volta de moto, para tar com o pessoal, dava-me um fanico.

Hoje tou a escrever mais solto a assassinar a lingua tuga, mas deu-me para isso.

Voltando à vaca fria, hoje vou, mas não há-de ser para fazer muita vez. Só o feijão e sustentar o bicho e em estado de necessidade é que me faria aguentar uma cena dessas. Nem comigo. Preferia ter guito à justa e mesmo andar à rasca, tendo tempo livre, do que ter guito à brava sem tempo para o gastar.

Mesmo assim, havia que encontrar um balanço. Fico com medo. A musica Cats in the Cradle sempre me fez um bocado grande de confusão, apesar de a adorar. Sempre mexeu comigo, apesar de o meu velho sempre ter estado lá para mim. Acho que é por medo de eu não poder fazer o mesmo. Um feijão muda as perspectivas dum gajo....

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