sexta-feira, 30 de abril de 2010

Recordar é Viver: Jerez 2006



Mais uma ida a Jerez, mais uns dias cheios de peripécias... aos bravos que conseguirem ler isto até ao fim, as minhas saudações.

Prelúdio:

Terça feira

À procura de um pneu para trás na HD, que a lona já me estava a dizer olá há algum tempo, e com a chuva que ameaçava chatear o fim de semana inteiro, não era lá muito apetecível. (Sim, a história da portagem aconteceu aqui neste dia...)

Quarta feira

Pneu novo, na Ramada, às oito da noite, o ultimo que existia em stock. Sorte do caraças, não havia em mais lado nenhum.

Quinta feira

Salivo e tento não pensar que devia estar a seguir para Jerez logo de manhã, mas que quase à ultima da hora me fornicaram aqui no bules. Metade dos bravos da nossa caravana arrancaram hoje de manhã. Não correu lá grande coisa. Uma Intruder 1400 com o alternador a entregar a alma ao criador, e uma R1 com pouco mais de um mês a parecer um alien, com esguichos de líquido verde, tudo ao mesmo tempo, a meio da Serra de Aracena. Radiador furado. A Suzuki segue no reboque para Lisboa, a Yamaha leva com um qualquer tapa furos no radiador, e seguem viagem, com o infeliz condutor da Intruder a ter que se sujeitar a ir à pedura duma FJR. Mais uma ZX6 os acompanha na viagem de 17 horas até Jerez. Às 8 da manhã, deitam-se, já alcoolicamente bem dispostos. E eu a bulir, porcos badalhocos. Há-de eventualmente vir aqui parar uma cronica dessa viagem.

fim do Prelúdio; A Aventura

Sexta feira

Acorda-se bem disposto, vai-se bulir, mas ao final da tarde, está cpmbinado o encontro em Palmela às seis e meia da tarde para ir para a fiesta, com uma BT1100 (ex XJ600 que foi de empurrão até Jerez no ano passado, vide respectiva crónica, anda por aí algures), uma XJ600n, uma FZ6, uma GSXR750, uma Varadero, uma TL1000 e uma R1, ou CBR900, ou lá o que era aquilo. A meio da tarde, entre prantos, a BT1100c corta-se, os patrões fornicam-lhe o fim de semana, fica a bulir. A TL1000 e o outro tupperware conseguem-se safar depois do almoço, e arrancam logo. A GSXR750 nunca mais deu noticias. A Varadero também não.Ficam 3 motos para se encontrarem às 18.30 em Palmela.

Eu, como é hábito, chego às 20h.

Três motos seguem viagem, pela autoestrada, que se faz tarde. Seca do caroço, a viajar entre os 140 e os 150, com picos de 170, e sem baixar dos 130. Paragens em Portugal, só em Aljustrel, para beber o ultioimo café decente e a ultima cerveja de jeito.

A máquina de café está avariada.

F0da-se.

Atesta-se, e siga pra bingo. Entra-se em Espanha, e segue-se por ali adentro, à procura da primeira bomba para atestar com gasosa barata. Continua-se à procura de uma bomba. Começa-se a desesperar por uma bomba. Entra a HD na reserva, e não há bombas. Entra a XJ na reserva, e não há bombas. O pânico, às onze e meia, começa a apoderar-se lentamente de nós. Até ver uma placa a dizer Gibraleón, e bombas a 3.500m.

Fixe!!! Aleluia!!!

A FZ6 mete-se na frente, e falha-se a entrada para Gibraleón. Não tão fixe, e onde è que já vai o aleluia.

Mais 6kms até finalmente se ver um cambio de sentido. Vira-se para trás, e desta vez não se falha a saída para Gibraleón. Segue-se as placas até às bombas, com alegria renovada.

Com pânico renovado e redobrado, vemos as bombas fechadas...

Pára-se no largo, e faz-se contas à vida.

Pergunta-se a um carro que passa onde haverá umas bombas. A dez kms, pela nacional até Huelva. A FZ6, a unica que ainda não tinha entrado na reserva, é nomeada voluntária para fazer de batedor, já que se as bombas estiverem fechadas, as outras arriscam-se a não ter gasolina para voltar. E arranca.

Aqui, abrem-se duas histórias.

A do batedor, que segue pela estrada com piso horrendo, e lombas nas curvas, durante algum tempo, até chegar às ditas bombas... fechadas.

Pânico.

Estrada deserta. Ao lado das bombas, uma casa, cheia de neóns roxos e vermelhos, com corações. Bastante convidativa. A FZ6 entra na casa de put4s, e pergunta onde há bombas abertas. Mais um kmzito à frente, já em Huelva. Vai até lá, confirma, e regressa.

Entretanto...

Uma HD e uma XJ600n esperavam, sozinhas no largo, à noite, sem mais ninguém.

Eis quando de repente se inicia o que mais parecia um enredo de filme porno. Autenticamente.

Um Seat Ibiza azul escuro, metalizado, aproxima-se de nós lentamente. Limpo, imaculado, parecia acabado de vir do stand. Olho para a matrícula, e solto um berro: "TUGAS!!!!!"

O veículo pára. Desce a janela. Olha-se lá para dentro. Três Deusas. Três gajas boas cumó milho, e vestidas a condizer, bem produzidas, bem maquilhadas. Gajas. Com uma vozinha sumida, a condutora pergunta: "Vocês não sabem onde há aqui uma bomba de gasolina? É que nós já estamos a vapores, e o carro não faz mais 10kms sequer..."

Esfrega-se os olhos, olham um para o outro, e... soltam, uma gargalhada sonora. "Pois, isso acontece muito por aqui... estamos à espera de outro amigo que foi à procura, esperem aqui connosco..."

E esperaram. Estacionaram o carro, e sairam. Tudo visto em camara lenta. Só faltava começarem a despir-se, ajoelharem-se, e tinhamos um filme porno. Mas não, ficamos na palheta e a rir com a situação, enquanto elas agradeciam, ainda meio a medo, a explicar que iam para Sevilha. Fazem-se apresentações, não se troca numeros de telefone porque estava lá a PIDE, e entretanto aparece a FZ6, a pedir para seguirmos atràs dele. Vamos até às bombas, atesta-se, mais uns dedos de conversa, elas eram de Portimão, tiram-se fotos com telemóveis ranhosos para recordar o momento, por um espanhol que tentava desesperadamente atestar, sem sucesso, porque enquanto não conseguisse acertar com o botão do telemóvel para tirar a foto, não saía dali, o que ainda demorou um bom bocado. Mais uns dedos de conversa, a FZ6 consegue arranjar os numeros de telemóvel e e-mail, dado que era o unico imune à PIDE (leia-se: Beta, minha mulher, sempre de olho atento e mão pronta a mandar uma bolachada ao primeiro comprometido que se tentasse fazer ao bife), descobre-se ainda que temos um amigo e um casamento em comum, em Maio, e finalmente cada um segue a sua vida, elas para Sevilha, nós para Puerto de Sta Maria.

[edit] À saída de Huelva, brigada, manda-nos parar. Deviam pensar que a gente vinha das put4s. Mas a FZ6 não deu tempo para pensarem nem fazerem nada, já que começou logo a contar a história da nossa viagem, a 467 palavras por segundo. La bofia deve-se ter assustado, porque não perguntou nada e mandou logo seguir viagem...[/edit]

Viagem até Sevilha debaixo de nevoeiro cerrado, a 80km/h, que faltavam 60 e poucos kms, e siga até à autoestrada com portagem.

Paga-se portagem, anda-se mais um pouco, entra-se na reserva. Sem problemas, uns kmszitos mais à frente, encontramos as bombas de La Paloma. Paramos, e tenta-se atestar. E começo, com Sin Plomo98. A XJ tenta meter Sin Plomo 95, ao que uma voz do além reaje, berrando que 95 já não há. Como a XJ tem o espanholês enferrujado, berra "Abre lá essa porra, que eu não vou fugir, pá!!!!". Após uma breve explicação minha, lá passa para 98. A minha bomba pára depois de 8 litros. A bomba da XJ pára depois de 5 litros. A bomba da FZ6 nem começa sequer.

Em uníssono, XJ, FZ6 e HD: "Abre lá essa porra, que eu não vou fugir, pá!!! «foram-se»!!!!".

Resposta: A gasolina acabou. Não há mais. Chupámos as ultimas gotas que por ali havia!!!

Agora têm que aguentar pelo camião cisterna, que há-de chegar daqui a 15 minutos, mas também pode ser daqui a uma hora e meia.

Espectáculo!!!

E isto são já duas da manhã. Espectáculo.

Faz-se contas à vida, e percebe-se a sorte que houve no meio de tanto azar: A HD, que era a que estava a gastar mais, levou oito litros. A XJ, que estava a gastar um pouco menos que a HD, levou 5 litros. A FZ6, que ainda não tinha entrado na reserva, foi a que não meteu.

Assim, e depois de um telefonema com a R1 do radiador furado, decide-se que nos vamos meter a caminho, nas calmas, sem passar dos 120.

Chega-se a Puerto de Sta Maria, atesta-se, a FZ6 segue oo seu caminho para o seu apartamento, e a HD mais a XJ vão prá bubadeira, ter com a R1 e a ZX6. Umas horas depois, vai-se meter as malas a casa, e às seis da matina, segue-se prá bubadeira, já acompanhados pela FJR, a TL1000, e o outro tupperware.

Mais umas aventurazitas, que não interessa contar para não se ferirem susceptibilidades, tanto dos envolvidos como dos leitores, e caminha lá prás dez e picos da matina. Numa de private, só digo... Ai, Margarida, tavas quase... mas não é para quem quer, é para quem aguenta!!!

Sábado

Acorda-se lá prás duas da tarde, vai-se tomar o pequeno almoço, bebe-se umas jolas, volta-se para agarrar as motos e seguir para Jerez, porque as informações sobre Puerto eram más, não sem antes um final de tarde no fabuloso relvado à frente do apartamento, no paleio. Em Jerez, comeu-se, bebeu-se, mirou-se gajas e motos, curtiu-se motos e copos, já que em Puerto não se podia curtir as motos, e foi bom... muito bom! Mais peripécias, que se me lembrar, depois conto.

Voltou-se para Puerto, não sem a FJR rabiar numa curva e aguentar-se, e a ZX6 rabiar na mesma curva, duas vezes, e não se aguentar, seguindo em frente, e parando a escassos centimetros do separador. Foi só o susto, recuperam-se todos, e segue-se viagem até Puerto. Bebem-se umas jolas, mas já estava praticamente morto. Que saudades de anos transactos!!!

Oito e picos da matina, xixi, cama, que amanhã é dia de viagem.

Domingo

Acorda-se lá prás duas da tarde, está o Capirossi a subir ao pódio. Olha, ganhou! ok. A TL1000 e o outro tupperware arrancaram cedo. Faz-se malas, preguiça-se um bocado, e finalmente resolve-se sair. Um pequeno almoço às cinco da tarde, e arranca-se, depedimo-nos de Puerto de Sta Maria, quiçá de vez, porque assim não vale a pena voltar. Para a póxima, fica-se mesmo em Jerez...

Viagem porreirinha, com umas motos à beira da estrada completamente carbonizadas, a meter medo, e segue-se até à entrada da autovia. Transito parado. Inferno à solta, na forma de uma carrinha a arder. Pegou fogo sabe-se lá como, mas conseguiu parar o transito e arder praticamente toda até chegarem os bombeiros. Na confusão, uma velha conhecida de CBR600 junta-se a nós durante o tempo que esperamos que a carrinha arda e abram a via. Uma meia hora depois, lá se segue viagem. Na serra de aracena, a fjr, a r1 e a zx6 dizem-nos adeus, que a gente encontra-se no fim da serra. O desgraçado da Intruder já vai à pendura de XJ.

A 15kms de Rosal de La Frontera, a ZX6 começa a deitar fumo do escape a a falhar. Pára tudo na berma, e quando chega a HD e a XJ, juntam-se ao grupo. Lá pegou novamente de empurrão uma moto, que seria de viagens sem motos a pegar assim? Em Rosal, atesta-se e somos infiltrados por duas CBR600 e uma GSXR. Ajuntam-se à gente para a viagem até Beringel, onde nos aguarda um autêntico petisco de pão alentejano, carne, minis (ai, cerveja tuga, que saudades eu tinha!) e CAFÉ, finalmente!!!

O tasco está fechado.

Boa.

Siga até Ferreira do Alentejo, e às onze e meia da nite, um pacato café é invadido por gente de cabedal a pedir de repente 17 bifanas.

Pânico do pessoal atràs do balcão.

Somos servidos às mijinhas, o que deu para mais uma horita ali, dois dedos de conversa e algumas minis (ai, que saudades eu tinha tuas!!!).

Uma XT(?) da terra ajunta-se, cumprimenta o pessoal conhecido, e escolta-nos depois, à saída, até à nacional, outra vez.

Nacional, autoestrada até à estação de serviço de Alcácer, em que pelo caminho ficam sós tristes e abandonadas a XJ e a HD... sem stress, deixós ir, cada um curte como quer, e o importante são os pontos de encontro. A r1 chega pela primeira vez aos 299. Em Alcácer, as despedidas. Até pró ano, mas em Jerez...

Acabou por não haver anos seguintes, foi mesmo o ultimo ano, este...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Recordar é Viver: Jerez 2005


Noite de quarta feira...

Aquecimento. Combina-se as coisas para o dia seguinte, 9h30 em Benfica, para às 10h estar na Aroeira recolher os restantes cavaleiros, com o intuito de arrancar no máximo às 11h. Saída do trabalho para dar um pulinho ao AVB, beber uns canecos, estar com o pessoal das motos. 1h, adeus, que amanhã é dia de viagem.

Quinta feira...

O grande dia.

8h - O depertador leva um murro para se calar. Quem o manda tocar àquela hora indecente?

10h - Levantar da cama, fazer as malas, arrancar.

11h - Benfica. Raspanete do XJotista por levar com hora e meia de atraso. Passagem breve pelas Amoreiras para ir buscar os documentos provisórios do ultimo cavaleiro, que havia ficado sem eles no fim do ano... atestar. A XJ tá sem bateria. Boa. Vai ser uma viagem gira, a empurrar a mota do demo... Empurrar, arrancar.

12h30 - Aroeira. Desvio-me das balas que chovem na minha direcção por ter feito uma pessoa levantar-se às 9h para estar à minha espera. Calmaria, empurrar XJ, arrancar para a viagem que se prevê longa...

13h - O cavaleiro da Aroeira lembra-se que se esqueceu da mala com a carteira, dinheiro, e mais umas coisitas. Abancamento para umas bujecas e pequeno almoço, enquanto ele volta atrás.

14h - Será que é desta? Foi... empurra XJ, e siga pela A1 até Grândola... Passa-se Grândola... "Porra, então não era ali atrás???" "Pá, enganei-me, era Beja..." Ok. Fosga-se! Paragem para atestar, siga até Rosal de la Frontera.

17h - Paragem em rosal, atestar as burras e o estômago, mais umas bujecas e dois dedos de conversa.

18h30 - Empurra XJ, e arranca para Para Puerto, agora só paramos para atestar e mainada...

19h - Altio y piária lo biaile, encuesta ó fachavuerie... Dociumientios, pior faviorie. Mostra-se os documentos, O cavaleiro da Aroeira da graças a Deus por ter ido buscar a carta internacional provisória, tira-se umas fotos com la bofiya, empurra-se a XJ, e arranca-se... a ver se é desta...

22h30 - Pára-se à saída das portagens, para telefonar à Pillar a avisar que estamos a chegar, para ela não fugir com a chave.

23h - Exncontro no primeiro Romerijo com XX Rider e companhia limitada. Dois dedos de conversa, e siga para ir buscar as chaves do apartamento. A XJ arrancou sozinha. Encontro com pessoal no Romerijo no centro, uma bujeca com o MarioXX, mais umas bujecas com os restantes, leva-se os pessoal que já tinha chegado ao apartamento, que não são aves nocturnas como eu, regressa-se para uma noite longa, preenchida com os 3 B's que fazem a alegria do homem... Booze, Bikes, Babes!

6h - Aos ss's para o apartamento. amanhã(hoje) é outro dia.

Sexta Feira...

13h - Alvorada. Banhoca, cigarrito, ala que é cardoso para o prmeiro tasco onde se coma, que a fome aperta. Burger King. Estacionam-se as burras, pedem-se hamburgueres, roubam-me a Harley para ir dar uma voltinha e retornam-na à posição inicial. Nada de surpreendente, o Nuno tinha chegado. Siga para o centrovê-se as barracas, bebe-se umas bujecas, vê-se as tropelias alheias, rateres, burns, um bófia a apertar o pescoço a um puto que estava a fazer um burn, sendo que à volta dele todas as motas começam a fazer o mesmo até que o polícia desiste. Nada de anormal. Cruzo-me com Dulce, beijo práqui, beijo práli, siga para mais uma bujecazitas.

19h - Abancamento numa esplanada à beira estrada da confusão. Sigam mais umas bujecazitas.

21h - Um tuga dá um toque na roda doutro tuga, siga para ajudar a levantar a pobre R1. Carenagens raspadas, ego lixado. Nada que umas bujecas não curem. Siga para bingo. Vou à casa de banho e lanço a confusão generalizada quando troco as placas das portas das casas de banho, homens passam a ir à das mulheres, e vice versa. Mais cerveja.

23h - Farto de tar sentado, deixo a fêmea mais o resto do pessoal e vou dar uma volta de moto. Regresso no meio da confusão e estaciono ao pé da esplanada. Mais cerveja.

1h30 - Cavaleiro da Aroeira adormece na cadeira com a bubadeira. Deixa-o dormir. Daqui a bocado acorda. Mais cerveja e um hamburguer manhoso.

2h30 - Telefona o João, Sheila e Marcos. Acabaram de chegar, precisam de que os levem ao apartamento. Deixo a mulher com o cavaleiro adormecido, e vou ter com eles.

2h45 - Cavaleiro adormecido acorda e vai à casa de banho. Fêmea fica sozinha na esplanada a guardar o lugar. 4 putos espanhóis de scooter que já lá estavam há algum tempo a armar-se em campeões acharam que era a melhor altura para lhe apalpar o befe, agora que o grandalhão com cara de mau se tinha ido embora. Ela afundou o nariz do desgraçado que lhe pôs a mão, e deu-lhe mais uns pontapés na cabeça quando ele estava no chão. Os outros limitaram-se a retirar o cadáver e a fugir dali pra fora... ninguém ajudou, mas acho que tiveram foi medo de levar também... Mais cerveja para ela.

3h - Retornando à esplanada, o João passa-me à frente. "Se queres o teu maço de tabaco, volta pa trás e vai buscá-lo, ficou algures pelo caminho. Volta-se atrás, e encontra-se o maço, incólume, no meio da estrada. Porreiro! A dois segundos de o agarrar, passa-lhe um carro por cima. Não tão porreiro. Acende-se um cigarro atropelado, monta-se em cima da mota, e siga prá esplanada. Mais cerveja.

5h - Já chega da esplanada e da confusão. Agarra-se numa cerveja e vai-se dar uma volta. Encontra-se um tasco. Mais cerveja.

8h - Vamos lá chonar, que daqui a pouco é outro dia. Mais uma cerveja pró caminho. Agarra-se nas motas, xixi, cama. A XJ pegou sozinha o dia todo... estranho...

Sábado...

14h - Alvorada. Hoje não vamos ao Burger King. Primeiro almoço de garfo e faca em 3 dias. Sabe bem, apesar de os espanhóis não saberem cozinhar. Mais cerveja. Empurra-se a XJ, e siga para Puerto Sherry, para uma esplanada na marina. Mais cerveja, encontro com mais tugas, e o pensamento do dia, em relação a uma matrícula tapada... "Aquela matrícula é uma mais valia! Mais valia não estar lá...". Mais cerveja.

18h - Vamos até às esplanadas na praia, dar uma voltinha de moto. Conhecer os arredores. Esplanada no passadiço ao pé da praia. Mais cerveja. A XJ pegou sozinha.

21h - Outra esplanada no passadiço. Jantar. Mais cerveja.

23h - Empurra-se a XJ, e regresso a Puerto Sta Maria. Desta feita vamos andar a passear, não ficamos no mesmo sítio a noite toda. Mais cerveja.

1h - Um espanhol faz não sei o quê à mota de outro espanhol, e ficam ali os dois naquela do bate-não-bate. 15 minutos a preciar o espectáculo, a ver se há porrada ou não, e desalento... só berram, e dão um empurrão ou outro à menina. Bebe-se uma cerveja, e segue-se caminho, já vi que não vai dar nada.

2h - De cerveja na mão, por acaso passamos no sítio onde os espanhóis quase andavam à porrada. continuam lá os dois a verrar um co o outro naquela do dá-não-dá. Haja paciência, se fossem tugas, um deles já estava no chão há muito tempo... Segue-se caminho, e eles continuam na mesma. Mais cerveja.

5h - Amanhã temos uma viagem longa... Ultima cerveja para o caminho, agarrar nas motas, empurrar a XJ, xixi, cama.

Domingo...

12h - Alvorada. Comer umas bolachas, ver o motoGP (grande Rossi, manda o espanhol pá gravilha!), siga para uma bujeca antes de arrancar.

15h - Abandona-se Porto de Sta Maria... pró ano há mais... Siga até Beringel, onde o pessoal do grupo motard local nos espera para... mais cerveja! A XJ pegou sozinha.

21h30 - Arranque definitivo para Lisboa, com paragens curtas para atestar. Sempre a empurrar a XJ.

00h30 - chegada. Porra, já acabou...

Segunda feira...

Merda, porque é que eu não fiz como a minha fêmea e não pus 2ª e 3ª feira de férias também?... Ai que tou todo partido...

Aventureiros

Dias + Mané - Intruder1400
Rui - XJn600 sem bateria
João + Sheila - FJR1300
Marcos - ZX6
Ventoinha + Beta - FLSTC

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Ar Condicionado
http://paiventoinha.blogspot.com

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ah, Jerez, saudades...


Aproxima-se o fim de semana que já foi um dos meus pontos altos a nível de passeatas: MotoGP de Jerez. É já a seguir. Por causa de burocratas espanhóis, estragou-se uma festa espectacular, que ainda recordo com nostalgia, bons momentos lá passei.

Mas da forma que aquilo está agora, pelos relatos que tenho recebido nos ultimos anos, nem vale a pena tentar lá voltar. Digo sempre, nunca voltes a um lugar onde já foste feliz. E eu já fui muito feliz em Puerto de Santa Maria em alturas de MotoGP...

A bela da primeira viagem ainda na Virago, com todas as peripécias e a noite regada que foi, é algo irrepetível e que ficará para sempre na memória. Mas houve mais.

Nos próximos dois dias vou largar Jerez em posts nostálgicos, pertencentes à série Recordar é Viver.

Ah, saudades...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Recordar é Viver: A Portagem

Prelúdio da viagem para Jerez, em 2006

À procura de um pneu para trás na HD, que a lona já me estava a dizer olá há algum tempo, e com a chuva que ameaçava chatear o fim de semana inteiro, não era lá muito apetecível.

Margem sul, na minha busca, sem sucesso. à vinda, a aventura nas portagens. Ao pagar, vê-se uma moeda no chão. Porreiro, menos pobre. Apanha-se, paga-se os €1.20 da portagem da ponte Salazar e espera-se pelo som da abertura da cancela. Em vez disso, ouve-se um som vindo de um orifício na borbulha cheia de pus que a portageira tinha em cima do pescoço: "Faltam dez cêntimos, sim, esses que você apanhou aí do chão, que eu bem vi!!!" Incrédulo, e com uma tentativa algo falhada de conter o riso pela estupidez do berro da mulher, viro-me para ela, e respondo que não dou, é meu, eu vi, apanhei. Ponto final. Ela recusa-se a abrir a cancela enquanto eu não lhe der os dez centimos. Eu recuso-me a dar-lhe os dez centimos. Ela diz que eu não saio dali enquanto não lhe der os dez centimos. Eu digo-lhe que tenho todo o tempo do mundo, não tenho pressa, nem lhe vou dar os dez centimos, e explico que é só pela aberração da forma como falou comigo. Ela continua sem abrir a cancela, e ameaça chamar a brigada. Eu peço-lhe por favor para ela o fazer. Fecha a janela. Segundos depois, abre a janela, com um berro: "Dê-me os dez centimos!!!". "Não dou". "Dê-me os dez centimos!!!". "Não dou". Fecha a janela. Abre a janela. "Dê-me os dez centimos!!!". "Não dou". "Vou chamar a brigada!!!". "Já cá devia estar". Fecha a janela. E nos entretantos, um objecto reluzente no chão, cor de cobre. Um centimo. Apanho o centimo do chão, e bato à janela. "Olhe, já não são dez, já são onze". "Dê-me os meus onze cêtimos!!!". Uma gargalhada ainda mais incrédula com uma resposta: "Não dou, e daqui a pouco já estou a achar uma nota de cem, isto está a correr bem...". Fecha a janela, com mais um ameaço de chamar a brigada, e eu a pedir-lhe por favor para o fazer. Entretanto, os carros atrás fartaram-se de estar ali a apitar e a barafustar, e resolveram mudar de faixa. Ela abre então a janela, e diz-me que vai sair dali, já que eu não lhe dou os onze centimos, e vai para outra cabine, dizendo-me para eu fazer o que quiser. Quando ela sai da cabine, eu digo-lhe que pode ir para onde quiser, mas que não sai dali sem fazer uma de duas coisas: abrir a cancela ou devolver-me o dinheiro da portagem. Volta para dentro da cabine. Abre a janela. "Dê-me os onze centimos!!!". "Não dou. E pelos vistos, quanto mais tempo fico aqui, mais rico fico. Chame lá a brigada". Fecha a janela, e fala com o intercomunicador. Deduzo que estaria a chamar a brigada. Deduzo também que a brigada lhe deve ter dito para ela tomar os medicamentos e largar a droga, porque passados 30 segundos, abre novamente a janela: "Dê-me os onze centimos!!!". "Não dou". E responde que eu não tenho vergonha nenhuma, ao que eu respondo que ela é que não tem vergonha de não saber ser educada com as pessoas, o que a ter sido feito, tinha evitado esta chatice e ainda lhe tinha feito ganhar onze centimos. Ela abre a cancela. Liberdade, com um largo sorriso triunfante na cara.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Beringel aí à porta

Faltam pois assim pró precisamente doze dias para o evento do ano, para o evento do ano de todos os anos, mas mais evento do ano desta vez porque conta com a Banda alheira a abrir as hostilidades em palco no Sábado.

A não perder, como nunca se perdeu nenhuma. Já lá vão sete anos disto... Um gajo está a ficar velho.

E para não variar, vai lá estar a sempre típica grávida de Beringel. Nem este ano falhou.

Eu vou avisando...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Diga 33...


Este sou eu. Tou a ficar velho. E decrépito. e a minha cabeça vai funcionando mal. Não que alguma vez tenha funcionado bem, mas a idade não ajuda. As minhas desculpas aos importunados, mas eu xou axim, e levam com isso se quiserem, porque eu também não mudo, não me cheira. Ou então não me aturem.

O que vale é que eu sou um tipo fabuloso, também...

Um ano mais perto do caixão, calha a todos... Desta feita calhou-me a mim. Sem os traumas dos trinta, num post mais abaixo, mas provavelmente com outros traumas, de uma vida bastante diferente da de há três anitos atrás.

Novas experiências de vida, novas pessoas que se me adentraram e me vão marcando, outros reaparecimentos, e porra, minicriaturas por todo o lado, anda tudo a reproduzir-se à parva...

Se antes os encontros eram só pra bubadeira, hoje em dia são bubadeiras mais comedidas, e sempre com um olho na cerveja e outro na amostra de gente.

Não é mau, não é melhor, não é pior, é diferente, são fases...

Tudo na vida é uma fase, e os 33 são só mais uma.

Parabéns pra mim, fachavor, e quero um LCD de sessenta polegadas FullHD, se não for muito incómodo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Recordar é Viver: A Bota

Algures em 2003

Bombas da Repsol no Seixal. De Virago, com o Ricardo Papa Muros à pendura, a meio da tarde, quero atestar, que estou a andar a vapores. Páro a mota, o Ricardo sai, e entra na loja. eu tiro o capacete, e peço para atestar.

"Pré pagamento" respodem-me lá de dentro. Eu saio de ao pé da mota, entro na loja, e peço novamente para atestar.

"Tem que me deixar qualquer coisa", é a resposta que eu levo. "Tá com medo que eu fuja?, Tou sem capacete, tá aqui o meu pendura, qual é o problema?" Pergunto eu.

"Tem que me deixar qualquer coisa". Parece um disco riscado. "Qualquer coisa?" Volto a perguntar. "Tem que me deixar qualquer coisa". disco riscado. Não adianta. É nhurra, a gaja. Faço-lhe a vontade.

Tiro a bota esquerda, deixo-a em cima do balcão com um estrondo, e digo "É para atestar".

Coxeio até à mota, meto €0.50, pago com multibanco, calço a bota e sigo até à próxima bomba.

Não faço pré pagamento, ponto final, a não ser que seja para todos.

Doutra vez estava a tentar por gasolina, e só ouvia nos altifalantes "O Sr da mota é pré pagamento". Não sendo para mim, não liguei e continuei com a mangueira a tentar atestar. Até que chegou o funcionário ao pé de mim, a perguntar se eu não estava a ouvir. eu respondi que não me chamava da Mota, mas sim Coelho.

Deixou-me atestar...

Isto gerou ainda um cartoon na motociclismo uns anitos depois...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Recordar é Viver


Vou iniciar um rubrica que vai saindo de quando em vez quando não tiver mais nada que escrever. Assim aproveito para encher chouriços e para despejar textos inéditos sobre estapafurdices e não só que me foram acontecendo pré-blog.

Começa amanhã com a história da Bota.

Porque me apetece.

Estapafurdices é bonito...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Assim foi Beringel PreLoad

De carro, para poder acomodar duas amostras de gente, a minha e outra, e como era pa ir e voltar no mesmo dia, era da forma que se podia beber à vontade (e fez-se!).

No seguimento dos horários rígidos, combinou-se às 11.30 do lado de lá da Vasco da Gama, onde escrupulosamente se cumpriu a tradição de chegar hora e picos, mais cousa menos cousa... atrasados.

Com o intuito de estar em Beringel por volta da uma da tarde, às duas ainda se andava perdido algures na margem sul à procura do Pinhal Novo. Isto porque toda a comitiva cometeu o mesmo erro que pensei que nunca mais fossem cometer, depois do que se passou das outras quatrocentas e doze vezes: foram todos atrás do Ventoinha. E o Ventoinha para ir para o Pinhal Novo passa primeiro por Camberra ou Tóquio. Acabámos por chegar a Beringel eram já umas três e trocos, bem a tempo ainda de dar cabo do porco no espeto e da cerveja e de fazer figuras tristes no karaoke.

Boa companhia, excelente comida, boa bebida, recepção extraordinária do GM, ao nível de que já estamos mais do que habituados.

Foi a primeira vez que fui a um aniversário, e não me cheira que vá faltar a mais nenhum.

E a concentração está já aí à porta...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dexter

Porra, pá, simplesmente a maior obra prima em termos de séries que já passou no pequeno (pequeno é como quem diz, o meu é de 107cm!) ecrã.

Um CSI durante o dia, um serial killer à noite, enredos brutais sem historietas paralelas só para encher chouriços.

Um must, com sangue a rodos bem a gosto.

Selo de aprovação.

Para os capitalistas com tvcabos e afins, recomeçou na semana passada a 4ª temporada, no canal da raposa, e continua logo à noite.

Para os outros, desenmerdem-se (aka portugalseries.net).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

11º Aniversário M.C. Alverca


É no dia de aniversário do velho, já tenho dois ensaios marcados nesse dia, devo estar de ressaca virtual da noite anterior (virtual porque não tenho ressaca per se, só que apesar de elas não matarem, há quem diga que moem...) devido a eu ficar um anito mais próximo do caixão, mas memassim, devo tentar pelo menos fazer lá uma perninha e emborcar umas loiras.

Há dois anos que lá não vou porque tem calhado no fim de semana de Beringel, este ano vou fazer um esforçozito no meio do caos que vai ser este próximo Sábado (num é neste, é no outro....

Cerveja tudo cura...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ah, o belo do Leitão...


Traindo as minhas origens, resolvi aceitar o convite para uma almoçarada de Leitão ali prós lados da Quinta do Conde.

E, meus leitores, que maravilha... O Manjar do Norte não perde em nada, e ganha a muitos, àqueles ali da Bairrada... Já dizia o outro, quinje a jero, no mínimo! Falta-lhe só a apresentação típica ali da Bairrada, mas de resto, nada a opor, e muito a trincar...

Um must.

foi um almocito bem comido e muito bem regado, dos quais os efeitos ainda se fazem sentir neste vosso escriba, que escreveu isto ontem ao final do dia, apesar disto só vos aparecer hoje de manhã...

Modernices!!!
Almoci

terça-feira, 13 de abril de 2010

Triste Cenário


À porta das urgências do novo hospital de Cascais, na madrugada de Sábado, era este o cenário que se via...

Motos, cerveja, e beatas pelo chão.

Foi assim uma noite passada a fazer companhia com mais povo ao Capitão, enquanto o puto dele se recusava a sair (o que eventualmente acabou por acontecer, mas depois de mais um dia inteiro de tortura).

Houve de tudo, inclusivé encomendar mais cerveja a uma ambulância que deixava o recinto, por virtude do nosso stock já ter acabado.

Foi uma noite porreira em boa companhia, e por uma boa causa.

Daqui a um mesito, dois no máximo há mais, que esta gente teima em reproduzir-se...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

As alegrias da quinta virtual



São os novos arkanoids e pacmans...Quintas virtuais, cafés virtuais, sinceramente não percebo essa gente que perde horas de vida enfiados nisso até à exaustão, obcecados com a próxima colheita de bananas ou com o bife que está para sair.

Até que apareceram as ovelhas, e percebe-se pela imagem, que ficou tudo explicado.

As quintas virtuais pelos vistos têm também as suas alegrias...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Banda Alheira

E uns anos depois dos PésPáCova, depois de uma entrada malfeita nos Phazer, aí está um novo projecto cançonetista...

Covers pá carola, pessoal porreiro, Ventoinha na voz...

Never mind the bollocks, here comes Banda Alheira!!!

Beringel que se cuide, dia 8 de Maio vai ser o primeiro concerto deste grupo musical anarcó-gastronómico...

Deixo-vos o facebook oficial do clube de fãs:

http://www.facebook.com/group.php?v=wall&gid=115636781782489

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Haviam de ver como ficou o outro!!!


Tá crescida, tá evoluída, tá avariada outra vez, desgraçadita...

Mas nem um olho assim a deita abaixo, continua um must, e parece que não é nada com ela!

Paiventoinha is back, btw...

À lá ver durante quanto tempo...