segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Iris Erectus


Gradualmente vai abandonando a lçocomoção a quatro membros para iniciar a deslocação em apenas dois. A evolução natural, tal como a de quatro rodas para as duas rodas.

É uma espécie de motociclo em potencial.

O facto é que vai perdendo o medo, e já dá um passito aqui e outro ali sem andar agarrada.

Vai sendo o orgulho do pai.

E o pesadelo, porque quanto mais facilmente se locomove, mais rapidamente se desloca a locais com coisas para destruir.

Aprender a subir escadas foi umja má ideia. Andar vai ser bonito, vai...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Porra, já há quase 3 semanas que não tinha férias!


Já estava a ficar complicado, estava-me a passar!!! Bom trabalho para todos vós...

Uma dúvida me assalta, com este tempo fabuloso, este sol explêndido que se faz sentir em Outubro...

Vou à praia, ou fico-me pela piscina?

Aguardo o vosso input.

E façam o favor de não levar o input para conotações sexuais inadequadas!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Não Vote em Branco



Post pseudo-político misturado com piada racista pelo meio (não é bem pelo meio, é um bocadito mais à direita, o que contrasta com a cor política do gajo de cor, que é mais à esquerda, mas isso, como dizia a outra, agora não interessa nada) para mostrar a minha esperança de que este gajo seja melhor do que a abécula que está à frente dos destinos do mais poderoso e mais parvo país do mundo. Não que acredite muito nisso, apesar de achar que pior não pode ser. apesar de que essa gente (políticos, não os pretos) têm sempre formas fantásticas de surpreender o povinho.

Tenho para mim que vai mudar a cor (política... não sejam mauzinhos!) mas a merda (e isto não é um trocadilho com a cor do Osama - perdão - Obama) vai continuar a mesma, mais coisa menos coisa. De qualquer forma, não posso votar, porque não sou amerdicano, mas se pudesse, votava, e não votava em branco. Eileen, vota por mim!

Boa viagem até Houston, pessoal. Mandem lá um vaivém para me vir buscar depois para te fazer uma visitinha.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um motard que conduz uma Virago é um Motard do Carago

Com a burra na revisão, ando agora a matar saudades da Verdadeira...

E relembrar-me como andar numa Virago 1100 é tão divertido. É picarrucha, é certo, podia ter um guiadorzito mailargo, e chegar as peseiras mais páfrente, tá bem...

Mas aquele motorzito é delicioso.

Aquela ciclística é inigualável seja em que ferro for.

A forma sensual como se move entre os carros, a lascívia com que quer devorar a estrada livre à frente, a brutidez com que arranca de um semáforo, a delicadeza do bailado que faz nas curvas...

Estou a adorar recordar.

Não há mesmo moto cumá Virago, carago!!!

O único ferro japonês realmente original, e mesmo uma pena, e uma parvoíce terem acabado com aquilo.

Mas eu não sou gajo de marketing, não percebo nada dessas coisas de vendas e lucros, e quejandos...

Sobra o desgosto de não ver uma coisa daquelas modernizada, mas fica sempre o gostinho de ter uma coisa que já não se faz mais...

Obrigado Dinomyte

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O Vomitado do Morto


Atropelado
Ou assassinado
Estava no meio da estrada, deitado
Morto, morrido, matado
Vem um cão, e mija-lhe na testa
E mesmo ao lado
No empedrado
O vomitado
O vomitado do morto

Uma massa espessa
Mesmo junto à cabeça
Parecida com nada que se pareça
De frango, só uma peça
Chegam os pardais, começam a debicar
Não têm respeito por quem faleça
Era mesmo ali ao lado
Que estava o vomitado
O vomitado do morto

Terá sido antes de morrer
Que da garganta se lhe viu a escorrer
Aquela mescla de bebida e comer?
Ou depois de falecer?
Fica a pergunta sem resposta.
Pelo menos até ver.
Até ser analisado
Todo aquele vomitado
O vomitado do morto

Se foi depois de finar
Foi um espasmo muscular
Que causou o regorgitar
Ou então uma bolha de ar
Causada pela decomposição
Das bactérias já a actuar
O que teria provocado?
Aquele vomitado?
O vomitado do morto

Vêm então os CSI
Saber o que se passou ali
Ver as provas, recolher o morto e
Depois, na morgue, com o bisturi
Abri-lo, e fazer-lhe uma autópsia.
Mas há algo que não sai dali.
Continua por ali espalhado
O vomitado
O vomitado do morto

Já no laboratório
Analisam o gregório
E descobrem que é notório
O contraditório
Entre o ADN do vomitado e o do morto.
Então e agório?
Tem que ser investigado
De quem é o vomitado
Que afinal não é do morto

Por ali antes passou
Alguém que vomitou
Ou
Alguém pensou
Que tinha piada vomitar em cima de um morto

Em todo o caso foi provado
Que não era do finado
Todo aquele vomitado
O vomitado não era do morto

Era de um bêbado que por ali tinha passado cinco minutos antes e foi ao gregório.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Rotina matinal


Outro dia, como em todos os dias de trabalho, a mulher acorda-me de manhã, com a garota, quando vai a sair. Despeço-me delas, e viro-me para o outro lado, à espera que a mulher me ligue quando chegar ao trabalho, para eu me levantar de vez.

Assim foi. Passados 45 minutos, ela liga. Eu desligo o telemóvel, levanto-me, arranjo-me, cabedal em cima, agarro na moto, e vai de ir pró trabalho.

A meio do Eixo Norte-Sul, com um solinho fabuloso, e a passar no meio dos carros, ponho-me a pensar que sorte tenho eu de ir de moto pró trabalho, e de não ficar horas infindáveis no trânsito.

Até que me bate de repente.

"Moto?

Mas como é que eu posso estar de moto, se a porra da moto está na oficina?!"

E pronto.

Acordei.

Já 10 minutos depois da hora a que devia estar no trabalho.

Boa...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Viagem: Rescaldo


Algumas consideraçõezitas finais sobre o resultado da maluquice, segundo uns, feito heróico cheio de coragem, para outros, um passeio bastante divertido, para mim.

Guito: não tenho noção exacta de quanto gastei, porque sou um despistado completo, mas estimo que tenha sido à volta de €1500-€1800 com tudo, souvenires (bastantes) e cerveja (mais ainda) incluídos. Só estes dois items foram bastante superiores à diferença entre as minhas duvidas na estimativa.

A moto: portou-se impecavelmente. Um chaço com 20 anitos foi e veio com muito poucas mazelas, somente um parafuso do amortecedor traseiro partido, e já só nos ultimos dias. Aguentou-se muito bem à jarda, e está já pronta para outra.

Km: foram 6700, mais km menos km. Estive a fazer contas, e se não me tivesse perdido as vezes que me perdi, e a viagem inglória à fronteira com a Croácia, tinha poupado à volta de 600km. Mas cada um deles, tirando o desespero em Barcelona, valeu a pena!

A companhia: foram 3 voltou um de cada vez. É pena, não foi como estava previsto fazer, mas cada um teve os seus motivos para fazer o que fez, mais do que válidos, e não há ninguém a julgar ninguém. Continuamos amigos como dantes.

A solidão: há muitos anos que não me lembro de estar sozinho assim, e não creio que alguma vez tenha estado. Um ou outro dia, talvez, mas nunca dez. Foi uma sensação estranha, principalmente porque quem me conhece sabe que eu gosto de estar sempre rodeado de pessoal, para mal dos meus pecados e de quem está comigo, por vezes. Mas apesar de tudo, serviu para eu me pôr em ordem comigo mesmo. Ou não. Se calhar, até para me baralhar mais ainda. Não tenho bem a certeza. Mas fiquei a compreender melhor quem anda assim sozinho, e não é assim tão mau fazer o que se quer quando se quer. A solidão só se notava quando estava parado, pelo que, tirando Faaker See, optei por sempre rolar o mais possível, fosse para onde fosse. Conheci-me melhor a mim mesmo, e até gostei do que vi. Apesar de ter plena consciência de que fui uma pessoa, e voltei outra. Imperceptível para muitos, mas tenho plena consciência de que sim.

Voltava a fazer o mesmo, sabendo que ia ficar sozinho?

Sem dúvida.

Arrancava daqui sozinho?

Nem pensar.

Porquê?

Boa pergunta...

Há 27 dias que não passo uma única noite sem sonhar que estou a andar de moto...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Iris, um ano...


Não vou mentir-te.

Os meus braços são pequenos. Não podem proteger-te do Mundo.

Quando cresceres, vais achar que és muito magra, ou muito gorda. Muito baixa, ou muito alta. Vais achar que ninguém gosta de ti.

Vais marcar um encontro com o giro do liceu e vai aparecer-te uma borbulha nova nesse mesmo dia.

Vais pensar que os professores embirram contigo, ou que todos te acham nerd.

Vão oferecer-te tabaco e outras coisas, e vais querer experimentar para parecer “fixe”.

Vais ter amigos. Vais perder amigos. Vais apaixonar-te. Vais desapaixonar-te.

Vais revoltar-te. Vais afirmar que ninguém te compreende.

Vai querer ser livre. Vais achar-te adulta antes de o seres.

Vais chegar tarde a casa. Vais escrever mal de mim num diário abonecado ou pior, num blog.

Vais discutir, pensar, gritar, dançar, amar, odiar, rir e chorar.

E eu não vou impedir nada disso.

Na tua vida, filha, quero que ames, quero que rias, quero que penses e quero que chores.

Não quero que tudo seja fácil para ti. Quero que dês valor a tudo que alcançares.

Quero que descubras o valor da amizade, do amor, da saúde e da vida.

Quero que lutes pelos teus ideais.

Eu não posso proteger-te da dor, mas quero ensinar-te a superá-la.

Não posso proteger-te da revolta, mas quero mostrar-te como enfrentá-la.

Não posso dizer-te o sentido da vida, mas ajudo-te a procurar.

Não posso fazer com que todos gostem de ti, mas posso gostar de ti por muitos.

Hoje fazes um ano, e o teu maior problema é meterem-te na cama quando não queres ir dormir.

Por agora, é assim.

Mas quando precisares de mim para algo mais do que isso, eu estou aqui.

Amo-te.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Morte Magnética


Não tá bom nem tá mau, muito pelo contrário. Não está a porcaria que foi o St. Anger, numa tentativa frustrada de fazer qualquer cousa de Nu Metal que até já nem estava na moda na altura, nem está pop (salvo seja) como o Load e o (Re)Load, mas também não está nenhum Master of Puppets ou um Ride The Lightning.

Parece-me mais um Black Album, mas um bocadito mais pobrezinho. Se não fosse Metallica, era um album que concertyeza ia passar despercebido.

Não tem nada que eu preveja que de futuro se tornará épico, como em todos os albuns até ao Black, e mesmo uma coisita ou outra da dupla Load/(Re)Load.

É uma tentativa de volta às origens, mas em vez de nesse regresso tentarem com a sonoridade antiga criar coisas novas, tentam somente recriar coisas antigas escarrapachadoramente, e nem tentam sequer disfarçar.

O Unforgiven III é para esquecer. O Day That Never Comes é uma spitting image do One, mais pobrezita, mas com todos os elementos do mesmo. Mais do mesmo? Se fosse ainda se desculpava, mas parece-me é menos do mesmo...

De resto, prontos, tá bem, ouve-se bem, tem ritmo e força, a bateria do Lars voltou ao normal (thank heavens!!!) e volta a ser reconhecível.

Mais um album pouco mais do que banal de uma super banda que ao vivo continua a puxar multidões... e eu vou lá no meio arrastado.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Viagem: um regresso aliciante


A viagem foi fantástica. Não tenho palavras para descrever tudo, as que deixei aí mais abaixo são parcas para tudo o que vi, tudo o que senti, tudo o que experimentei. Sei que fui um, e voltei outro. Sei que estou, que sou diferente agora.

E aproveitei a viagem também para descobrir mais uma coisa sobre mim, e sobre a miniatura, mais uma vantagem de se ter uma coisa destas.

Até agora, nas viagens que fiz, a parte da volta era sempre a mais chata, a pior, porque quanto mais se aproximava do fim, mais havia a sensação de que estava a acabar, e de voltar à rotina, e a motivação ia morrendo, tornando-se às vezes numa tortura, a viagem de volta.

Pela primeira vez, a volta aliciou-me tanto ou mais até do que a ida, porque se à ida o objectivo era chegar onde quer que fosse, à volta, o objectivo era voltar a ver aquele sorriso fantástico e impagável. E isso dava-me sempre alento em cada dia, tornando o final da viagem tão desejado como o destino da mesma.

E se lá fora há paisagens fabulosas, a voltinha deste fim de semana lembrou-me que cá também temos cenários que não têm preço, dos quais vos deixo a amostra acima.