segunda-feira, 23 de abril de 2007

Trinta


Tou velho...

Acho que nunca tive um dia de aniversário como este. Só prova que a idade e tudo o que isso acarreta me está finalmente a apanhar...

Tirando o ir almoçar com os velhotes, e a meia duzia de telefonemas, foi um dia igual aos outros, com mais trabalho ainda. E vai acabar calminho, calminho... Não me lembro de ter acabado um dia de aniversário sóbrio, ou pelo menos sem estar a caminho de deixar de o estar.

Este vai ser assim. Sem mais nada, a não ser um jantar a dois.

Claro que ser a uma segunda feira não ajuda nada, but still...

A nostalgia não me toca suavemente, atropela-me violentamente como um sixteen wheeler em velocidade máxima!

Ainda estou a tentar recuperar do vazio que estou a sentir, um buraco negro que se está a abrir no meu peito e parece que me está a consumir. Isto não sou eu.

Ou provavelmente isto é simplesmente uma recusa idiota da realidade...

Sempre fui um bocado de extremos. Será que estou a passar directamente da adolescência para uma crise de meia idade?

Eu penso no que foi, e no que é agora...

Trinta anos, casado, prestes a ser pai, com um emprego estável, efectivo, a morar numa vivenda...

Há cinco anos atrás, alguma vez me passou pela cabeça que era aqui que eu ia estar agora?

Serei eu mesmo que aqui estou?

Onde foi parar toda aquela loucura, toda aquela irreverência, tudo aquilo me me fazia ser eu?

Será que ainda cá está? Ou será que sou um "rebelde de fim de semana"?

Sempre pensei que esta vida mais calma que tenho levado era uma coisa natural, mas que o eu que me faz quem eu sou, aquele granda maluco a que todos estão habituados nunca se renderia a um nine-to-five e nunca viveria em função disso... e tento-me convencer que isso é para sobreviver, e que o resto é que é viver.

Mas parece-me que esta vida me consome cada vez mais, e fica a pergunta a mim mesmo, será que não é essa agora a minha vida, e que tudo o resto não passa de uma ilusão adolescente que procuro incessantemente que nunca acabe? Mas que já acabou há muito tempo, e que eu é que me recuso a ver isso? Ou será que já vi mesmo, e recuso-me é a admitir a mim mesmo a verdade, Ou será que já sei a verdade, mas falta-me a coragem de o dizer, porque isso significa que morri por dentro e que me rendi àquilo que jurei nunca me render???

Talvez seja só realmente uma crise de meia idade, mesmo... mas o facto é que estou a pensar na vida como não me lembro de o ter feito antes.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Ano de bela colheita

E assim chegámos a mais um belo número, mesmo a tempo de eu me despedir deste blog com 29 aninhos... E voltar na segunda feira já com 30. Pois é, 1977 foi uma excelente colheita nos frutos da humanidade, quiçá a melhor (sem dúvida nenhuma, mesmo...) da qual o melhor exemplar vos escreve estas humildes linhas.

Trinta anos depois, uma nova safra, um novo ano para uma excelente colheita, donde sairá o Feijão. Nada mais simples, nada melhor. É a vida, e deal with it.

Eda-se tou a ficar velho...

Não se esqueçam de me dar os parabéns na segunda feira... E prendinhas também!

Despeço-me aqui dos vintes, e entro nos trintas... os vintes trataram-me muito bem, que os trintas sejam pelo menos iguais ou melhores!

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Wild Hogs

Amanhã, que é hoje, mas que tou a fingir que hoje é ontem porque ontem não escrevi nada e é para não ficar um dia sem nada, provavelmente vou aos movies outra vez. Ou talvez não tudo depende da disposição da Patroa de aguentar uma sessão à meia noite, não me cheira muito, mas nunca se sabe...

Parece ser porreirinho, e pelos relatos que li amanhã por pessoal que já foi ver isto daqui a bocado, uma vez que estrou hoje, que no final de contas é ontem, vale a pena ir ver. Tem os ingredientes todos, Travolta vs. Lawrence deve dar uma coisa engraçada, mais as Harleys pelo caminho, e uma crise de meia idade que leva com que quatro marmanjos que nunca viram uma moto, praticamente, embarquem numa aventura of a lifetime.

Vou ver amanhã, hoje, portanto, se a fêmea deixar, isto com um bocadinho de inveja, porque para mim continua a ser um sonho de uma vida, adiado agora mais um bocadinho por causa do Feijão... mas são prioridades, e a rRoute66 há-de lá continuar, e eu hei-de sempre continuar a andar de moto.

But still...

Fica um what if...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Evolução Natural

Nada mais natural. A imagem fala por si própria no post mais curto da história deste blog.

Saudade da minha trufa!

Para finalizar, falta só uma imagem com side-car com o feijãozito ao lado e o condutor de cabelo curto, e depois duas imagens iguais à ultima, que serei eu, já de juba outra vez (sim, que há-de voltar) na minha burra e o Feijão (ou Feijoca) na dele(a).

Na linha de baixo........

Pois.............

terça-feira, 17 de abril de 2007

Este é o Sócrates que não acabou os estudos

Hoje, política. Já é o segundo em pouco tempo que me faz falar disto, mas porra, esta gente mete-se a jeito, o que é que um gajo há-de fazer?... A Xuxidiva ali ao lado inspirou-me para isto e como eu já não mexia no Photoshop desde o Ghost Feijão ali em baixo, mãos à obra, que isto agora tá relativamente calmo aqui no bules.

Que dizer desta campanha e desta palhaçada toda que envolve a UnI? (Já agora e só num aparte, parece que cada ano se vão descobrindo podres nas Universidades Privadas, vai indo uma a uma abaixo... na UAL parece que já andam para lá uns zunzuns também, com profs e notas mal explicadas... minha rica UAL, quem te viu e quem te vê!!!)

Bom como nulidade que eu sou como analista político-social, digo só isto, no seguimento da Mina: podre. Vergonhosamente desrespeitoso para com os que têm os empregos que são retratados como não valendo um chavo na campanha publicitária mais estúpida desde que enfiaram os putos num avião para se despenhar. Por acaso não tenho nenhum emprego daqueles, mas se tivesse, tenho a impressão que me dava uma coisinha má e virava o boneco algures onde essa imbecilidade foi criada. Porque qualquer pessoa de bem que tenha um desses empregos merece infinitamente mais respeito do que o publicitário que criou essa aberração, bem como os funcionários do governo que lhe deram o aval. Isto sem contar com o facto de que muitos que trabalham nessas profissões ganham mais do que muitos licenciados que são sistematicamente rejeitados em tudo o que é emprego por terem "qualificações a mais". Estamos numa terra em que todos têm que ser Doutores. E esquecem-se, muitos desses "Doutores" que nunca o foram. É a velha máxima, diz-se uma mentira tanta vez que acaba por se acreditar nela, e passa a ser verdade. E um dedles, pelos vistos, nem é Doutor, mas é "Engenheiro".

Esta campanha, apesar de má, se tinha uma boa altura para chegar, era mesmo esta. Para mostrar que, mesmo sem estudos, se pode chegar longe!

Feijão, tu vais estudar, mas não rebentes demasiado os neurónios, senão ficas como eles...

E pronto mais uma fase ridícula no País das Maravilhas, a nossa rica Tugalândia...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Uma semanita de férias

Férias virtuais, só daqui mesmo, derivadas de que uma semana se passou sem que eu tivesse tempo sequer praticamente para coçar a tomatada, só uma vez por outra, muito ao de leve, por andar a trabalhar que nem um cão.

Muita coisa se passou, muita título tinha eu para despejar aqui, e está tudo na forja... Fim de semana prolongado, novidades sobre o feijão, a moto, e mais meia duzia de nonesense ramble do costume de que me fui lembrando aos poucos.

Agora em princípio pelo menos para já estou de volta, e hei-de mandar mais umas postas de pescada durante a semana.

Foi só mesmo para ver se vocês sentiam a minha falta...

Não se preocupem.

This page is still under construction.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Felídeo malcheiroso Vs. Salazar



Só uma palavra:

Genial.

Estão lá os dois cartazes, lado a lado, no Marquês de Pombal. Estes gajos estão em todas.

Depois de eu próprio ter aparecido no jornal como líder de um grupo do PNR, será que me deveria sentir ofendido?

Ou devia fazer como fiz, quase cair da cadeira de tanto rir?

Vou meditar nosso neste fim de semana prolongado, em que vou ter um glimpse (ando a usar muito estrangeirismo ultimamente... tenho que meditar nisso também) do que vai ser o feijão daqui a pouco tempo, uma vez que vou aturar uma garota de três anitos reguila cumó caraças, e que não me larga... Vai ser bom para me ir habituando!

Felizmente já está potty trained (lá está, mais um!), uma coisa que vou tentar o mais cedo possível ensinar ao feijão.

E acaba-se assim este post e esta semana curta com conversa de merda, que, no fundo no fundo, tem tudo a ver com o propósito com que este post foi criado!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

O Feijão da gravidez por simpatia I

A corrida continua. Com uma semana depois do vislumbre do meu, cá está mais uma mostra de massa cinzenta, cremalheira, penca e o resto da tola. Mas este não é o Teofrasco, é o dos tais que ficaram com inveja e que se quiseram reproduzir também. Como esta foto foi tirada uma semana depois da minha, dizem que já está maior. Que o meu já não é maior có dele. Mas esquecem-se que está com uma semana de diferencial, a esta altura, o Teofrasco não tem os 7.2 declarados aquando da ultima medição, contra os 7.8 desta criatura aqui (ainda ninguém sabe se algum é pixas ou não, mas as suspeitas avolumam-se, daí, para já, é apenas cria, criatura, feijão, etc e tal) mas já terá uns 9 ou 10!

Teofrasco rules!!!

E parabéns aos progenitores babados desta criatura aqui também.

Bjufas, Madrinha.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Linguagem gestual


Eis algo que devia ser ensinado nas escolas de condução. Porque assim fico sem saber o que me quer aquele tipo que balbucia incompreensivelmente de vidro fechado, depois de eu lhe ter metido a porta para dentro com a minha biqueira de aço porque ele não parou num stop e me ia mandando ao chão, não fosse eu desviar-me e o carro atrás de mim parar a tempo.

Assim, fico sem saber se ele me está a pedir desculpa, a desejar um bom dia ou a tentar informar-me que a minha mãe tem um part-time.

Com linguagem gestual, já não haveria este dilema, uma vez que tanto eu como ele com meia dúzia de movimentos das mãos poderíamos indicar as direcções para a mulher da vida que o deu à luz ou qualquer outra informação útil, sem ficar na duvida do que exactamente se quer dizer.

Fica a sugestão.

On a further note, e a acrescentar algo a este texto já com alguns mesitos (creio mesmo que anos, mas tinha que encher o dia de ontem com qualquer coisa), acho que também devia haver escolas para ensinar linguagem gestual dos putos aos pais. Assim quando o Feijão quisesse que lhe mudassem as fraldas porque deu uma cagada, podia avisar o pessoal, em vez de ficar à espera que a gente desse pelo cheiro a rosas.

Era porreiro...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Ghost-Feijão

Aí está ele! Por qualquer motivo que ninguém sabe qual, vendeu a sua alma, e de castigo vai ter que me aturar como pai! O Ghost-Feijão, que na presença dum arroto da mãe que o carrega, se transforma no Espírito da Vingança, com os seus poderes de olhar de gregório... Olha fixamente para uma parede da placenta, e a progenitora entra numa espiral de enjôo instantânea, clamando incessantemente pelo Gregório, que prontamente chega num ápice!

Quando resolver dar de fuga cá pra fora, há-de vir já numa Harley customizada, de punho em riste à espera da caneca, com a tola a arder, qual Johnny Blaze na presença de Blackheart!

É, vi o filme e curti à brava, mais pelos efeitos que pela história em si, que apesar de fiel (tanto quanto pode ser em menos de duas horas uma adaptação de um dos maiores comics de sempre que dura já há mais de 30 anos), está contada de forma um bocado básica.

Mas porra, aqueles efeitos da caveirinha a arder... aquela moto... o estilo do gajo...

Eda-se! Quando crescer, também quero ser assim, e o Feijão, como podem comprovar, já é!