quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dia 5: Avignon - Mónaco?


O dia acorda sem pressas, uma vez que a rolar hoje, será só da parte da tarde, a parti praí das 4, quando a moto eventualmente estiver pronta, com alguma sorte, se as peças chegarem a horas. Um buffet ao pequeno almoço enche a pança até não caber mais um cubo de manteiga sequer. Organizam-se tarefas. O Matos vai com a intérprete à caça de pneu, enquanto eu e a Denise ficamos incumbidos de tarefas mais caseiras, uma caminhada de 6km até ao supermercado para abastecer. Apesar de não nos perdermos pelo caminho, ainda deu para emagrecer uns quilitos, mais por falta de hábito que por qualquer outra cousa. Ida e volta, e os outros dois ainda andam à caça de pneu.

Vai-se até à esplanada da HD bouer uma fresquinha enquanto se espera e desespera, a Denise pelo pneu, eu pela moto pronta. É meio dia e trocos. E é mesmo a meio da fresquinha que oiço uma música familiar: a moto passa por mim, com outro gajo em cima dela. Badalhoca, maria vai cos outros!!!!

Era o mecânico. Estava pronta a gaja!!! Eu nem queria acreditar. Os gajos da HD também não, quando viram as peças que mandadas vir por eles iam demorar 4 dias a chegar, e que vindas de Portugal chegaram no dia seguinte, hoje, portanto, às 10 da matina. Foi encaixar o que havia para encaixar, e meter o bicho a trabalhar. Perfeito, ainda vamos conseguir sair daqui bem cedinho! Agora é só pagar, e nem quero olhar prá dolorosa. Mas tem mesmo que ser. Duzentos e setenta e três broas. Cento e oitenta de mão de obra, estes chulos cobram-na a €53 + IVA à hora... E depois ainda falta pagar o transporte e as peças em Lisboa, mas isso há-de ser para outras núpcias, logo lido com isso. O que me interessa é que não dói tanto porque é só passar o cartãozito, e pronto.

Ou não. O cartão não passa. Vai o outro, é o menos...

Ou não. O cartão não passa. Vai o outro, é o menos...

Ou não. O cartão... Bom, já deu para perceber.

Nem débito, nem crédito, nem nenhum dos 347 da Denise. Tou fornicado.

Lá agarro na moto para ir ver se consigo levantar guito num multibanco, e deixo a moça como garantia para se eu fugir.

A alegria de anadar com a burra novamente é indescritível. Foram os seis km até ao supermercado, mas foram seis km de orgasmo. Pelo solinho que estava, pelo alívio de ter a moto pronta, pela certeza de que a viagem ia continuar. foi mais um precalço que acabou em bem, mais uma história para contar.

Tirando a porra dos cartões que teimam em não funcionar, nem no multibanco. Os malditos cartões continuam a não servir para nada! Sou obrigado a ligar à Beta,que ainda não tinha regressado. Para cúmulo ela também não consegue fazer o levantamento necessário para pagar a reparação. Ao fim de algumas tentativas optou por levantar poucochito de cada cartão. Finalmente, guito! Não tenho que ficar na oficina a lavar discos de embreagem!

Antes de ir outra vez à oficina, vou até ao quarto arrumar a tralha na moto outra vez, que dá trabalho. De volta à esplanada, para mais umas loiras, já depois de pagar, aguardo com a Denise pelos outros caçadores de pneus, convicto de que ainda vamos conseguir arrancar bem mais cedo do que o esperado.

Puro engano. Os caçadores voltam sem pneu, só com a promessa de que irá ser montado depois de almoço. Menos mal, tudo fica resolvido. Mais um piquenique à porta do Fórmula 1, o resto dos restos de enlatados para os gatos que por lá passam, e voltar à esplanada para mais umas loiras enquanto o Matos vai montar o pneu.

Quatro da tarde. Finalmente tudo pronto, hora de nos metermos novamente à estrada.

Poucos mais incidentes dignos de registo, a não ser algum trânsito nas estradas citadinas, e umas curvas fantásticas em estrada de montanha, com ribanceiras a pique e sem protecções, que metiam medo, na estrada até St Tropez. Decide-se procurar sítio para ficar por ali mesmo, porque o sol já se foi, e apesar de ainda serem 8 da noite,  a estrada a partir de St. Raphael, um pouco mais à frente, até Cannes, é para se fazer de dia, porque há muito para disfrutar, curvas e paisagem.

E é então que arranjar um quarto onde ficar se torna numa nova odisseia. Percorre-se hotéis, pensões, parques de campismo. A maioria de tudo fechou eram 9 da noite, e ninguém atende na recepção. Raio de país!!! Os que atendem, ou estão cheios, ou pedem €1400 pelo quarto. São finos os gajos... A ver a nossa vida a andar pra trás e a pensar, já à uma da matina, depois de 4 horas à caça de sítio para ficar, lá encontramos um Fórmula 1, finalmente!

Lotado, logicamente...

Espreitando um pouco mais ao lado, há um B&B. Mesmo sistema de Fórmula 1, mas um bocado mais caro. Seja. Conseguimos ficar com os dois ultimos quartos...

Duas da manhã. Cama, finalmente.

Hoje foi curto, só 240km.

Temos 1880km feitos no total. No plano por esta altura teríamos 2790km e estaríamos a dormir em Milão. 910km não é assim tanto como isso...

Amanhã é que é mesmo para recuperar.

Eventualmente...

 Repasto no quarto
 O nosso amigo Miaux
 A tralha encaixotada, prestes a voltar à moto
 Oficina salvadora/chula
 Legend's Valley, o tasco do Massimo, que nos acolheu dois dias

Paragem de reabastecimento estomacal, já em viagem

2 comentários:

Anónimo disse...

sempre à procura de dormida à noite e tudo fechado. que tal acordarem mais cedo?

Anónimo disse...

SilentWalker disse:

anónimo, que tal entenderes um pouco acerca de alguma coisa

que tal também deixares nome

Que tal....