quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Raquel

A Raquel era daquelas colegas da escola que faziam com que um gajo não chumbasse por faltas. Por ela, valia a pena ir às aulas. Não era só pelas suas glândulas mamárias demasiado desenvolvidas para a idade ou pelo facto de ela ser muito calorenta (unica razão que eu encontro para que em pleno Inverno ela usasse saias que mais pareciam coleiras e tops com decotes até aos dedos dos pés). Era principalmente pelas pérolas que eram as suas intervenções nas aulas, que resultavam invariavelmente em gargalhadas gerais e no corpo docente a entrar em desespero e/ou a tentar combinar com ela sessões de explicações em privado, conforme o prof fosse uma ela ou um ele. Parafraseando um cliché, tinha o cérebro descaído para o peito. Mas era sempre muito interventiva, e nunca se calava, para nosso deleite.

Numa visita de estudo a uma fábrica qualquer, enquanto naturalmente o resto da turma se entretinha a fazer charros ou a carregar em tudo o que era botão naquelas máquinas, os nerds iam perguntando ao guia o que é que fazia e para que servia esta ou aquela máquina.

Até que finalmente se soltou a pérola. Ela pôs o dedo no ar, e tudo se calou, para a ouvir.
"E aquela máquinazinha tão gira ali em cima, com uma luz roxa, serve para quê?"

Pausa por um breve momento.

Resposta do guia: "Serve para matar moscas...
"Pois...

Sem comentários: